Quando fui mar
Quando fui mar conheci a solidão da imensidão
Descobri a beleza de abrigar diferentes belezas
Tantas delas belas e reluzentes, preenchendo o vazio de alegria e amor
Outras tantas, disfarçadas de beleza rara, armadilhas perigosas
Ainda há aquelas que de estética não se fazem, mas se fundem ao meu ser e o fazem expandir
Quando fui mar, descobri que nada nos pertence
Que por mais que nos pertencemos à algo ou alguém
Nem sempre podemos nos mover em direção à eles
Mas assim como quando fui mar
Uma parte de nós sempre com eles estará
Quando fui mar, percebi que apesar do escuro das profundezas
A vida ainda assim pode co-existir com belezas escondidas
Com alegrias em algum canto do breu
Quando fui mar
No desespero, transbordei, subi maré
Quis sair de mim mesma
E invadir outro lugar
Tentando compensar o vazio que ocupa meu imenso ser
Rastejei lembranças por vastos caminhos
No intuito de fazer mudar, de fazer saber a minha existência, a minha força
Tentei mostrar sinais da minha dor
E tampoucos perceberam
Quando fui mar....
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