quinta-feira, 29 de agosto de 2024

 Amor, poesia e tragédia

Quando amar passa de poesia à tragédia?

De amar a desgotar, o que precisa?

Quantos dias são necessários para o amor se transformar no cenário mais deplorável?

Ou não são dias, são as experiências do conviver que passam a mudar os sentimentos?

Quando um sentimento de união se transforma em interrogar?

Quantos passam pelo mesmo pesar?

Qual momento se decide parar de lutar?

E se não o fizer, quantas perdas cada um pode suportar?

Autocuidado? Autonomia? Relações afetivas? Amizades?

Autoestima? Controle emocional? Vida?

Qual mais destes limite destes consigue-se suportar? 

quarta-feira, 31 de março de 2021

Quando fui mar

Quando fui mar conheci a solidão da imensidão

Descobri a beleza de abrigar diferentes belezas

Tantas delas belas e reluzentes, preenchendo o vazio de alegria e amor

Outras tantas, disfarçadas de beleza rara, armadilhas perigosas

Ainda há aquelas que de estética não se fazem, mas se fundem ao meu ser e o fazem expandir

Quando fui mar, descobri que nada nos pertence

Que por mais que nos pertencemos à algo ou alguém

Nem sempre podemos nos mover em direção à eles

Mas assim como quando fui mar

Uma parte de nós sempre com eles estará

Quando fui mar, percebi que apesar do escuro das profundezas

A vida ainda assim pode co-existir com belezas escondidas

Com alegrias em algum canto do breu

Quando fui mar

No desespero, transbordei, subi maré

Quis sair de mim mesma

E invadir outro lugar

Tentando compensar o vazio que ocupa meu imenso ser

Rastejei lembranças por vastos caminhos

No intuito de fazer mudar, de fazer saber a minha existência, a minha força

Tentei mostrar sinais da minha dor

E tampoucos perceberam 

Quando fui mar....